terça-feira, fevereiro 13, 2007

O caso do assassinato brutal do menino João Hélio faz por um lado, surgir uma grande revolta. A mãe implorou duas vezes para que a deixassem tirar o menino do carro, ao que o bandido retrucou: “Não, sua vagabunda, anda logo!!”. O menino foi arrastado por sete quilômetros. Quando um carro emparelhou com eles e perguntouo que era aquilo que estava sendo arrastado, um dos bandidos respondeu: “É um boneco de Judas!”.
Mas, junto com a indignação, surgem os deterministas sociais, dizendo: “Eles são só fruto do meio. Viraram bandidos por que viveram entre bandidos, coitados”. E tocá-lhe fazer passeatas pela paz, que provocam risadas por parte dos bandidos e aumentam o descaso do governo.
A ciência há muito tempo tem demonstrado que não existe determinismo social ou genético. Ninguém é condenado a virar bandido por viver em uma ambiente de criminalidade ou por ser filho de bandido. A possibilidade de escolha é real. Achar diferente seria uma ofensa aos milhões de pessoas que vivem em condições semelhantes e nem por isso viram bandidos.
As novas teorias e descobertas, como a teoria da complexidade, nos mostram que somos livres para escolher nossos caminhos, mas também somos responsáveis por nossas escolhas. Ninguém escolhe por nós.
Quem faz o que esses bandidos fizeram já chegou a um nível de total desprezo pela vida humana, um nível de psicopatia que dificilmente tem volta. São pessoas que matariam a própria mãe sem pestanejar. Se soltos, voltarão a matar quem se colocar entre eles e seus objetivos. Alguns inclusive voltarão a matar por prazer, incapazes de sentir remorso.
É o que acontecerá, provavelmente ao menor de idade. Ficará preso até completar 18 anos, depois se verá solto para voltar a matar. Um psicopata em potecial.
Se por um lado é importante medidas sociais que melhorem a vida dessa população em situação de risco, por outro lado, é necessária uma melhoria urgente do sistema prisional e uma modificação nas leis, de modo que se possa manter presos aqueles são perigos reais para a sociedade.
Se algo não for feito, em pouco tempo casos como esse se tornarão tão banais quanto as mortes por bala perdida, que nem são mais noticiadas pelos jornais.

1 comentário:

Livia Yamamoto disse...

Caro Gian, hoje quase 2 anos apos esta tragedia está se cumprindo o que tu escreveste ai. O assassino, menor de idade esta LIVRE!!!!! E o pior uma ONG filha da p.. irá protegê-lo e ainda, poderá enviá-lo ao exterior onde terá, de certo, uma vida melhor que a dos pais do menino. Bem, apenas quis aproveitar do seu espaço para expressar minha extrema indignação.