domingo, novembro 09, 2008

1963, de novo


1963 é uma obra até hoje mágica para mim. Na época, a editora Abril, depois do boom de graphic novels da década de 1980, tinha se conformado em publicar apenas gibis de heróis, a maioria de qualidade duvidosa. Fazia tempo que não saia nada de Alan Moore nas bancas, principalmente pelo fato dele ter brigado com a DC Comics, indo para a produção alternativa. Aí comprei esses volumes importados na loja Ponto e Vírgula, em Belém. Eu não sabia uma vírgula de inglês e tinha verdadeiro trauma dessa língua por causa de uma péssima professora que tive no ensino médio. Na época em que comprei esses livros, era grande amigo de um professor de inglês e roteirista de quadrinhos chamado Alan Noronha e pedi que ele me ensinasse alguma coisa, o suficiente para que eu, usando um dicionário pudesse ler 1963. Talvez pelo fato de não compreender perfeitamente a língua em que foi escrita essa história, eu viajava nas possibilidades de interpretação.

E foi com essa série que aprendi o quanto era legal a homenagem e as citações, elementos típicos de obras pós-modernas. Nesse sentido, Exploradores do Desconhecido não existiria se 1963 não tivesse surgido.

1 comentário:

Fernando S. Trevisan disse...

Eu ganhei esses de presente de um primo que esteve por lá na época em que saíram. Nunca achei grande coisa, parecia um pastiche chatinho dos heróis da Marvel - mas não tinha idéia dessa junção futura com os heróis da Image. Contribuiu o fato de que a série não tinha continuidade... :(

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