quarta-feira, maio 20, 2009

Homofobia na câmara dos vereadores de Macapá

Recebi um release da assessoria de imprensa da vereadora Cristina Almeida, que reproduzo, em parte, abaixo:

"Na sessão da Câmara de Vereadores de hoje (19), em decorrência da Semana de Combate a homofobia, a Comissão de Direitos Humanos, formada pela vereadora Adriana Ramos, Nelson Souza, Clécio Luiz e presidida pela vereadora Cristina Almeida, solicitou através de requerimento o uso da Tribuna para a coordenadora do Grupo de Homossexuais do Amapá (GHATA), Ivana Antunes.
O vereador Clécio Luiz é relator do projeto de Lei que torna o dia 17 de maio, como dia municipal de combate a homofobia (data já é comemorada mundialmente). O projeto está sendo avaliado pela Promotoria Jurídica da Câmara (Projur) e tramitará no próximo mês em plenária. Ele pediu a palavra para defender o uso da tribuna e comentou sobre a importância de combater o preconceito contra os homossexuais.
O vereador Charles Jhones interpelou e se pronunciou contrário ao projeto de lei, e em seu pronunciamento provocou indignação entre integrantes do movimento GLBT e seus familiares que estavam presentes na plenária. Charles Jhones sustentou sua posição num depoimento de um senhor que o interceptou antes da sessão para dar sua opinião sobre o assunto. Ele disse que preferia ter em sua casa, um ladrão ou uma puta, que ter um gay. Disse também que se tivesse um filho gay, ele o mataria. O vereador disse que seu pensamento é parecido, e alegou que estava defendendo seus princípios religiosos".

De fato, cada um tem o direito de acreditar no que quiser. O vereador Charles Jhones pode ter suas convicções religiosas e isso é um direito seu. Mas a frase realmente pegou mal. Dá a entender que o vereador anda acompanhado de ladrões e assassinos e acha isso tudo muito normal... e dá a entender que matar homossexuais é normal.
O mais triste disso é alguém usar como desculpa a religião cristã para defender a idéia de que o assassinato, o preconceito e o roubo são coisas normais. Foi esse tipo de gente que matou Hipatia, a grande filósofa da antiguidade, morta por cristãos e cujo assassinato marcou o início da Idade das Trevas e a oficialização da violência contra as mulheres.

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