quinta-feira, junho 30, 2011

Amapaense por opção

Não nasci em Macapá. Mas, talvez, eu a amo muito mais do que algumas pessoas que aqui nasceram; pois eu fiz uma opção, uma escolha. Eu a quis para nela morar, trabalhar e para nela escolher aquela que aqui nascera para ser a minha parceira, a mãe dos meus filhos.
Macapá é uma das cidades mais bonitas da Amazônia. Suas ruas e avenidas, (embora mal tratadas) são bem projetadas. Suas praças são bonitas e muito arborizadas (pelo menos já o foram). Nela há tudo de bom e de ruim que existe nas grandes cidades.
Mas ela já teve o privilégio de ser a cidade menos violenta do Brasil; hoje, infelizmente, sob a desculpa de que o progresso chegou, a violência nela se instalou, deixando os que nela vivem um tanto apavorados porque não estavam acostumados com a onda de assaltos a mão armada, sequestros, assaltos a bancos, ônibus e a outras modalidades de crimes que não eram comuns na pacata Macapá. Já não há mais aquela tranquilidade de outrora; lá dos idos da década de 1960, quando aqui cheguei.
Naquele tempo, era costume do povo fazer festa de terça a domingo e na segunda ir ao cinema no cine Macapá ou Territórial e desintoxicar o fígado com um bom filme de piadas do Ankito ou Mazaropi. Dizem que rir faz bem ao fígado e como este órgão do corpo, principalmente o meu era bastante castigado no decorrer da semana, e sobretudo no sábado e domingo, ele precisava de um justo descanço na segunda-feira.
A cidade era tão pacata (ou provinciana?), que os seus habitantes chegavam a dormir, à noite, com portas e janelas abertas que não era incomodados pelos amigos do alheio. Se bem que existia o dito popular: "Deus me livre da polícia de Macapá, da fome de Mazagão e das ... do Amapá. A vida era assim, bem diferente de hoje.
                                                           JBarreto (Acadêmico do curso de Jornalismo da UNIFAP)

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